3 anos de pandemia: a que passo estamos?

Brasília possui 90 dos leitos de hospitais ocupados por COVID-19, mas, assim como diversos estados brasileiros, já retirou a obrigatoriedade do uso da máscara. O foco na diminuição dos números de internações entre adultos e adolescentes é o principal fator para a decisão, esquecendo do número entre as crianças, que só aumenta. Será que realmente estamos na etapa que podemos abdicar das medidas preventivas? O pior já passou?

Fatalidade da COVID-19 na Inglaterra, um dos países que mais testa, está caindo. Isso acontece por uma série de motivos, tratamentos corretos dos internados, variante gerando casos menos graves e a vacinação. Agora, a fatalidade do coronavírus já está comparável a da gripe. Todavia, os casos continuam em alta, tendo em vista que os ingleses continuam seguindo a vida normalmente, sem máscara ou distanciamento. Com isso, as hospitalizações estão aumentando em todas as faixas etárias, sem saber o motivo real por trás disso. No Brasil, os números não seriam iguais, dado que a vacinação, principalmente da 3ª dose em idosos, estagnou, sem chegar a uma porcentagem alta, e não possuímos um tratamento contra a COVID-19 para utilizar nos hospitais.

Hong Kong conseguiu manter o número de casos próximo de zero durante 2020 e 2021, mas, com a liberação das medidas, os casos subiram e, juntamente, as mortes, pois a China não vacinou sua população o suficiente e a Ômicron é um vírus mais transmissível. Por causa dessa combinação, a situação da cidade seria como se estivessem ocorrendo 7 ou 8 mil mortes por dia no Brasil. Outro exemplo, é a Dinamarca. O governo, ao analisar que não havia muitas internações ou mortes, resolveu relaxar as medidas. O resultado disso foi que número de mortes diárias chegou ao patamar nunca visto antes pela Dinamarca, mesmo após 3 anos de pandemia e uma população bem vacinada, mais de 60 da população na 3ª dose. E os mais afetados foram os idosos. Dessa forma, estar em um grupo de risco, por idade ou saúde, é um risco maior não usar medidas preventivas.

Dinamarca, Inglaterra. São apenas alguns países da Europa que estão passando por mais uma onda do vírus. Com a liberação das medidas, o vírus voltou a circular mais. Porém, o motivo provável para tal aumento dos casos é a queda de imunidade. Como a Ômicron afeta mais a garganta e nariz, não gera imunidade contra reinfecção, o que significa que se você pegou a Ômicron ainda pode se infectar novamente. Ademais, a proteção gerada pela Ômicron dura por menos tempo do que a das outras variantes, cerca de 60 dias, que seria justamente esse período que estamos passando. Isso é preocupante, pois existem grandes chances de acontecer o mesmo no Brasil ou, ainda, passarmos a ter ondas periódicas a cada 60 dias.

Onde a mortalidade está caindo, ou onde liberaram tudo por estarem bem vacinados, ou onde não vacinaram o suficiente, ou onde a imunidade está passando, não importa a que ângulo olhar, os casos estão subindo novamente. A situação está relativamente tranquila, entretanto, a máscara torna ambientes de risco, como transporte público ou hospitais, mais seguros. A máscara é um dos fatores que permite que possamos seguir circulando em ambientes fechados sem muita contaminação, pois estamos protegidos. Entre idosos e crianças, a situação é mais complicada e a recomendação é que continue usando. Portanto, se você quer continuar se protegendo e quem está ao seu redor, utilize máscara em ambientes fechados. Já em ambientes abertos, o uso de máscaras deixa de ser obrigatório, se não tiver ninguém ao seu redor.

“Temos a capacidade e a responsabilidade de escolher se nossas ações seguem um caminho virtuoso ou não.” - Dalai Lama

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